segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Com Amor....da Idade da Razão

Talvez hoje finalmente entendi a questão de sofrermos tanto para crescer,para nos tornarmos adultos-pelo menos para mim é sofrido.Vi um filme francês,muito bom diga-se de passagem,que fala de uma mulher adulta,feliz em sua vida,realizada, que em um de seus aniversários começa a receber cartas que havia escrito para si, aos 7anos de idade.
As cartas vão guiando ela para um passado já esquecido,em razão de um presente atribulado. O filme se desenrola,na mesma batida das questões que me atormentam e que devem atormentar todos: e se de repente nos dermos conta que esquecemos tudo o que fomos,tudo o que planejamos e sonhamos para nos tornarmos outra pessoa?
Uma pessoa diferente,nem melhor,nem pior, mas irreconhecível.Minha maior certeza, é de que o desejo de manter uma Manoela da infância viva,tem fundamento,é essencial,não esquecermos de quem fomos e de quem somos.
No filme uma frase muito importante aparece e tentarei manter viva: Torne-se a pessoa que és.

Recomendo muito este filme, que como todos os filmes franceses é extremamente delicado,engraçado e tocante.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Auto-conhecimento não vem de graça

"...You don't have to feel like a wasted space...after a hurricane comes a rainbow...


Cause Baby you're firework, come on show 'em what you're worth.
Make 'em go "Ah!,ah!" as you shoot across the sky "ah!ah!..."Katy Perry

Adultez


 Gostaria que na infância ainda,recebêssemos um manual ensinando como é ser Adulto.Um Legítimo "Manual de Instruções"para não ser preciso aprender,errado.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Dona Joaninha seja minha amiguinha, traga um acalento para meu coração,sem mais decepção!!
Não preciso muito pedir,sei que para você só é necessário sentir.Meu coração em flor,está pronto para compartilhar o amor...

Quando 2012 chegar...


Vou colher os diversos frutos que plantei em 2011. Ano que consegui aprender,conhecer,sorrir,chorar,amar,deixar de amar,planejar e concretizar.
No ano que vai chegar tenho a certeza que será melhor, afinal de contas tornei-me uma pessoa melhor,os brotos já estão visíveis,depois de todo um inverno,outono e verão, chega a Primavera renovadora com planos em flor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011


" Por supuesto es un pacto.
Sincero,antigo.
Eu com a vida, ela comigo."  Autor Desconhecido

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Trabalho Inútil

Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles.A moça estava vestida com muita elegância,abanava o leque e piscava muito,sorrindo com seus olhos muito grandes.
- Oh- ela disse-, a correnteza é tão forte,a água tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês podem me carregar até o outro lado do rio?
E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.
O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então, ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram caminhando pela estrada.
Embora andassem em silêncio,o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada.E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras   dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não aguentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio e carregado a moça.
Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.
- Ora,ora- disse o velho monge.- Você ainda está carregando aquela mulher?Eu já a pus no chão há uma hora.
E,dando de ombros, continuou a caminhar.

(texto extraído do livro 'Contos Budistas' de Sherab Chodzin e Alexandra Kohn,Editora Martins Fontes 2003.)

Ponto de Divergência

Estava lendo um site de notícias outro dia, quando leio algo que fez os cabelos da minha nuca se arrepiarem: Uma pesquisa britânica revela que o Ponto G não existe. Na hora surgiu duas questões nessa cabecinha:     1-Quem se presta a pesquisar isso? 2-A cura da AIDS já existe e ninguém me disse,que estão pesquisando isso?
Já ouvi de alguns homens que esse ponto não existe, e algumas mulheres dizem também nunca terem experimentado tal alegria. Então vamos a pesquisa, ela diz que o tal Ponto é algo completamente subjetivo (que sua existência no corpo feminino é irreal), mas o que no sexo não é subjetivo?! Prazer para um, desprazer para outro.
Na hora do sexo, se há química, a subjetividade é compartilhada, um conhece e/ou descobre o desejo do outro, bom seria se as coisas fluissem assim também fora da cama. Porém, no dia-a dia as relações já não tem esse movimento muitas vezes,elas se tornam complicadas, enigmáticas, frustrantes até.
Pensando na história do Ponto G, cheguei a conclusão de que na verdade ele existe sim, no entanto a ala masculina não o conhece (ou não valoriza) de tal modo que o torne real, o Ponto G das mulheres para mim é o CORAÇÃO. Nesse momento deve ter várias mulheres dizendo que sou louca e que falo isso porque nunca encontrei o arco-íris, muito pelo contrário.
Vejam se concordam, um lugar grande, aconhegante, onde guarda tantas coisas boas. O problema é que colocamos esse nosso Ponto tão à mostra que os homens não fazem outra coisa senão brincar, explorar, muitas vezes com boas intenções, claro.
Sei que o sexo é importante, mas há algo tão bom quanto sexo, pelo menos para mulheres: um homem que a valorize, a respeite, que não jogue com ela. As revistas femininas ensinam as mulheres como satisfazer um homem, como decifrá-lo, posições incendiárias, etc... Porque nas revistas masculinas, não é ensinado um pouco sobre o sexo feminino?Afinal de contas, não somos nós o sexo complicado?!
Fico triste quando me dou conta o quão disponíveis muitas vezes nos colocamos (ei, eu sei que me encaixo nesse time ok?!). Somos obrigadas a escolher o que em nós será saciado, deveríamos poder ter tudo, e podemos.
Se nos doamos demais, de coração, somos bobinhas, ingênuas e colocamos o homem para correr e se doamos somente nosso prazer somos fáceis, atiradas, inamoráveis ou colocamos o homem para correr também. Decidi, desde que li a pesquisa, que se o Ponto G não existe e é algo subjetivo, vou mesmo assim, atender suas necessidades por completo, que na verdade são as minhas necessidades, o meu prazer. Tanto o sexual como o não-sexual, sou uma mulher que sente prazer por completo e não por compartimentos.
Uma mulher que sente prazer em algo de sua vida, é uma mulher feliz, nem que seja um pouco. Não vou cobrar-me se meu Ponto não está completamente satisfeito, vou com calma, afinal, sou jovem e eu e meu Ponto estamos nos conhecendo.
(texto escrito em 04/2010 e agora postado em homenagem ao blog http://andreatpm.blogspot.com/ )